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Ausências

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Ausências Essa noite não dormi bem, acordei a noite toda. Ainda antes do raiar do dia me veio em mente a imagem de pessoas queridas que já não vivem entre nós... pensei em painho, vó Dinalva, Mel, tia Adelaide, tia Adalva, vó Pequena, Deni, tia Dote, Iran de Sp e os irmãos, tia Vera de Brasília, Clebinho irmão de Bliu, os filhos de Nara (Gabriel e Alef)... pensei em muitos outros que já se foram e imaginei como funciona o ciclo da vida ... estamos aqui realmente de passagem, para ensinar e aprender, para sermos o melhor que pudermos e deixarmos sentimentos de saudade ao partir. E os que ficam, no caso nós, precisamos aprender a conviver com essa ausência, com esse vazio, com essa saudade. Sempre haverá aquela lembrança mais intensa em datas festivas, na pracinha de casa, no caminho da roça, nos encontros de família... pensei em Deni, na falta que ele faz na praça Redonda, nos domingos em que ele tocava seu teclado e alegrava a todos nós, na devastação que foi a partida dele pra sua

Mel faria 7 anos ...

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Mel faria  7  anos... Desde início do mês venho pensando no dia 28 de maio. Comecei o mês chorando muito, depois acalmei meu coração. Não chorei no dia das mães . Mas ontem, 27 de maio, fui dormir chorando, escrevendo uma legenda pro  facebook  e  instagram . Hoje,  aniversário dela,  o dia amanheceu chovendo forte, tudo nublado, do jeito que gosto, embora seja um pouco triste, porque o sol geralmente remete a alegria, colorido, festa, farra, piscina, mar, bebida... Est a semana,  f iquei  pensando em como seria se ela tivesse viva, que tema eu teria escolhido pra fazer o bolinho dela na quarentena, como seria se ela tivesse viva meu  Deus ... Tenho assistido muito  Peppa   Pig  com Felipe, poderia ser um tema pra ela. Certamente reuniríamos os primos, tiraríamos centenas de fotos, daríamos muitas risadas... Hoje, mais que nos outros dias,  me deu uma saudade de beijar e abraç á-la ,   de apreciar seu sorriso perfeito,  de pentear aqueles cabelos lisos, o mais lindo que já vi, d

20 anos depois ...

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Hoje, 26 de maio, uma data importante para mim. O dia que faço 20 anos de operada do coração. Operei aos 20 anos, de PCA congênito, vulgo sopro cardíaco, no Hospital Santa Izabel em Salvador, pelo melhor cirurgião da época, o Dr.  Nilzo  Ribeiro. Mesmo tendo passado tanto tempo, lembro de detalhes daquele momento. Lembro que internei um dia antes da cirurgia, mas aí tive febre e a cirurgia foi adiada, acho que foi por nervoso  e ansiedade . No dia da cirurgia, meu irmão veio de Maceió para acompanhar minha cirurgia, ele era quinto ano de medicina e nunca tinha assistido uma cirurgia cardíaca. Minha amiga Lília estava fazendo enfermagem e também acompanhou a cirurgia.  Lembro que poucos minutos antes de ser levada para o centro cirúrgico, minha  vó   Dinalva  ligou para desejar boa sorte, falou e começou a chorar. Falei pra ela não  chorar, que era uma cirurgia simples e eu não morreria , rapidinho estaria de volta , eu tinha essa certeza dentro de mim, um otimismo gigantesco .  Ma

Dia das Mães

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Dia das Mães 2020. Mais um ano vivendo esse dia tão comemorado e festejado. Dia em que nós mães, nos sentimos lembradas pelos muitos papéis envolvidos numa maternidade.   Porque mãe é tudo na vida de um filho, vamos concordar né? A mãe é motorista, que leva e pega o filho em todas as atividades (escola, esporte, médico, música, inglês...), a mãe é médica, porque o filho quando adoece vem logo pra nós com o sintoma e fica nos olhando esperando o “remédio” pra dor. Somos também quem lava, passa ferro, cozinha, faz feira, mercado, perde noite, amamenta, chora quando o filho sente dor e você é impotente naquele momento, se ajoelha no chão e implora a Deus por um milagre, ainda temos que conferir se o filho está com os dentes escovados, cabelo arrumado, roupa combinando e bem passada, sapatos limpos, unhas cortadas...   gritamos para corrigir os erros, colocamos de castigo quando faz algo errado repetidamente, impomos limites, ensinamos ética, humildade, respeito e amor ao próximo, tamb

A vida segue seu curso ...

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A vida segue seu curso... Felipe já vai fazer  3  meses domingo dia 15 de março, passou tão rápido, ele já está tão espertinho, produz vários sons, como se conversasse conosco. Arrasta a cama toda, parece uma  minhoquinha , está cheio de dobrinhas, um gordinho lindo. Graças a Deus só mama, eu sou a favor do aleitamento materno exclusivo e me esforço para tal.  Lipe já está usando fralda  tamanho  M, ama tomar banho, tem dias que toma  5  banhos por conta do calor. Nossa casa está alegre, nossa família em festa.  Felipe é cheio de apelidos. O pai chama de “ Aspili ” “ Aspiligueta ”...  Cadu  chama de “Baby,  Piupas ,  Piupiussarinho ”...  eu  chamo de  Lipe ,  Lipito , mal-dormir  kkkkkkkkkkk   porque ele acorda a noite toda, mas eu adoro, pois ele acorda sorrindo pra mim.  Damos muita risada com as risadas dele, ele é muito alegre, muito risonho e feliz. Um presente para nosso lar. Mês passado fez  1  ano sem Mel. A dor vai diminuindo, as lágrimas vão se espaçando, fica só aquel

11 anos de Cadu

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11 anos depois... Numa manhã de quinta-feira  5  de março de 2009 você chegou em minha vida e me fez mãe. Foi um parto lindo. Dei entrada no Hospital Santo Amaro em Salvador às  5:30 da manhã, mas você chegou às 11:14, pelas mãos do seu pai e do professor dele Dr. Antônio Carlos Vieira Lopes, o querido Dr. Toninho. Eu estava ansiosa para ver sua carinha, tinha pedido a Deus para você ser  a cara do seu pai e inteligente como ele . Deixei ordem para seu pai ir com você quando  fossem te dar  banho, para não correr o risco de trocarem você  na maternidade . Eu já te amava tant o  Cadu , você mal tinha chegado  e já era a razão da minha vida.  O tempo foi passando e você nos surpreendendo mais e mais. Aos  8  meses imitava o som de todos os bichos, seu pai te ensinou e me fez surpresa uma certa noite enquanto vocês dois tomavam banho.  Aos  9  meses deu os primeiros passinhos e aos 10 meses saiu correndo.  Com  1  ano e 4 meses entrou na escolinha e após 1 mês de aula chegou em casa

1 ano depois ...

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1  ano depois...  o  que mudou? Mudou muita coisa nos últimos 365 dias de minha vida. Primeiro perdi uma filha amada e tive que aprender a viver sem ela, com um buraco no peito, lágrimas de saudade e fortalecimento na fé . Precisei aprender como se vive com um vazio tão grande no coração, com uma dor profunda que por vezes foi dor física, doía até para respirar. Teve um dia que Cris tiano me examinou com medo de eu estar e nfartando, era muita dor no peito, estávamos em Miguel Calmon na ocasião citada. Outro dia estava com minha amiga Toinha na porta da escola de  Cadu  e senti a dor mais uma vez, ela queria me levar pra clínica, mas falei que passava depois de alguns minutos...  tudo  passa não é mesmo?  Me apego  a isso para viver...  Aprendi a sorrir e ser feliz novamente , aprendi  de fato a conviver com a dor. Creio que me tornei mais forte, mas também mais fria, porque a dor do outro não dói mais em mim como doía antigamente, penso  que se eu suporto uma dor tão intensa, tod