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Mostrando postagens de julho, 2019

Nossa família Paulista

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NOSSA FAMÍLIA PAULISTA As pessoas que me conhecem, sabem que amo família, que considero inclusive os primos bem distantes, aqueles ditos “primo atrás da serra”, que são de 5°grau ou 6°grau. Pois bem, hoje quero falar dessa família que tenho em SP. Meu pai, José Miranda, morou em SP muitos e muitos anos na juventude. Ele sempre me contou suas histórias, com seus primos de segundo grau, terceiro grau, pessoas incríveis, que saíram da Bahia, mais precisamente de Miguel Calmon, na década de 60/70 para tentar a vida em São Paulo capital. Foram os famosos retirantes, que fizeram parte do êxodo rural tão citado na história do Brasil. Essa família incrível, sempre esteve presente em nosso lar, nas histórias de painho, nas muitas vezes que painho e mainha viajaram até SP para fazerem compras para a loja de mainha (que tem quase 35 anos), nas cartas que trocávamos,lembro que já troquei cartas com Paulinha, filha de tia Deli, quase da minha idade, admirava demais a inteligência dela. Quando el

CLINFISIO - Nossa boa fisioterapia de todos os dias

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Quando Mel completou 1 mês, tivemos liberação da cardiologista para voltarmos a Jacobina e iniciar nossa vida nas terapias. Chegando à Jacobina, perguntei a minha irmã fono quem era a melhor fisio de Jacobina para atender Melissa. Lembro que ela perguntou a Ailton, colega de trabalho, ele indicou Arylma, proprietária da CLINFISIO. Procurei o contato da clínica, vi que não atendia Sul América, o plano que Mel tinha na época, mas atendia Planserv e outros planos. Então fiz o Planserv para Mel, porque mainha é funcionária pública aposentada e tem direito a colocar os netos como dependente. Futuramente migramos para o Bradesco Top Nacional que Arylma atende na clínica dela. Mel tinha dois planos de saúde. No primeiro dia de Melissa, cheguei no horário e Arylma atrasou quase 40 minutos, imaginem como fiquei não é? Logo eu, britânica com horários, super pontual em tudo. Fiquei mal humorada, mas era a melhor fisio da cidade, eu morava há 7 meses apenas em Jacobina, tinha que ficar qui

5 meses sem Mel

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E aquela dor que não passa... ela ainda não passou... No feriado de São João 24 de junho tive uma crise de choro daquelas. Daquelas que até eu sinto pena de mim, de soluçar. Fui arrumar o guarda-roupa de mel, faço isso às vezes. Arrumei tudo, separei umas roupas para doar a Clarinha, Isadora e a Marina, dobrei várias coisas... depois achei as escovas de cabelo dela. Uma das escovas estava cheia de cabelo dela grudado. Aí foi demais pra mim, comecei a chorar copiosamente, tirei o cabelo da escova para jogar fora e não consegui. Coloquei de volta na escova e guardei no guarda-roupa. Doeu de um jeito que não sei descrever... São choques de realidade que machucam fundo na alma. Guardei todas as roupas, não consegui doar ainda, porque quando a saudade aperta, vou lá no guarda-roupa e pego as roupinhas dela. Selecionei alguns pijamas que ela mais usava, coloquei o perfume dela e guardei na minha gaveta. Aí dois dias depois coloquei meu carro para lavar. Sempre lavo com um rapaz que é pa

INCOR 2013 – PRIMEIRO INTERNAMENTO DE MEL

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O primeiro internamento de Mel, também meu sexto sentido falou mais alto, Deus mais uma vez soprando aos meus ouvidos. Estávamos em Salvador, Mel tinha 4 meses. Eu estava na Ferreira Costa comprando material para construção de nossa casa e tinha deixado Mel com a babá. Assim que cheguei em casa, Josy falou que Mel tinha vomitado. Eu fiquei sem ação, Mel nunca tinha adoecido antes. Já era sábado à tarde e no domingo voltaríamos para Jacobina. Assim fizemos, voltamos domingo para o interior e passamos em Miguel Calmon na casa de vó Dinalva primeiro. Mel fez febre acima de 38 e me preocupei, pois ela jamais havia tido febre antes. Fomos para Jacobina e Cristiano deu um antibiótico a Melzinha que tínhamos em casa. Eu tive um dos meus lapsos intuitivos e entrei na internet olhando passagem para São Paulo. Cristiano não concordou muito, mas ele estava indo para um congresso em Florianópolis na terça-feira e falei a ele que embarcaríamos no mesmo dia, ele pra Floripa e eu para São Paulo co

Primeira visita à UTI após perder MEL

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Sempre soube que choraria ao entrar na UTI do Hospital Aliança após a partida de Mel. Há quem comente que eu não deveria voltar lá. Mas eu precisava voltar, precisava chorar lá naquele local que tanto significou pra mim, que fui tão feliz e abençoada, que fiz tantos amigos e que perdi meu bem mais precioso. As pessoas daquela UTI amavam Mel também, se preocupavam demais com ela e comigo, choraram nossa perda, pois para eles também foi uma grande perda. Eu estava com muita saudade deles todos.  Quando entrei no hospital e fui falar com o recepcionista que queria visitar as pessoas da UTI, ele me reconheceu na hora, apertou minha mão e perguntou: “Como vai à senhora? Veio rever o pessoal?” Respondi sim e que estava bem, então fui para o corredor.  Quando a porta que dá acesso ao corredor da UTI abriu, meu olho encheu de lágrima, eu comecei a respirar bem forte, dizendo ao meu cérebro: Não chore, não chore, não é possível que você não consiga chegar a UTI sem chorar... Fui andando