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Mostrando postagens de outubro, 2019

Viagens com filhos

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Primeiro falarei das viagens com Cadu pequeno. Porque é diferente viajar com um filho apenas e viajar com dois. Também tem muita diferença viajar com filho saudável e com filho que inspira cuidados com a saúde. Cadu sempre mamou no peito, o que facilitava minhas viagens. Depois introduzimos papinha salgada e frutinhas. Quando cresceu um pouquinho comia aquelas papinhas da Nestlé que grande parte da população adere, eu tinha milhares de potinhos de vidro. Então eu priorizava Resorts All Inclusive na Linha verde quando ele era pequeno, porque dava menos trabalho, bastava ficar na piscina com ele, brincar no Kids Club, dava frutinhas do hotel, almoço normal (feijão e arroz), quando ele não queria nada, as papinhas Nestlé nos salvavam. Pra dormir ele mamava no peito, mas também fazia uso de mamadeira com leite Nan na época. A primeira viagem de avião dele foi pra Fortaleza, nos hospedamos no Vila Galé Cumbuco, também resort All  Inclusive. Os resorts da Bahia, conhecemos quase todos (Iber

Apae de Jacobina

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A APAE de Jacobina representa muito para mim. Lembro que quando fui lá à primeira vez perguntei quando abririam as matrículas e quais documentos seriam necessários. A secretária na época era Carlinha, que me entregou um papelzinho com as informações e na data marcada cheguei com tudo pronto para matricular minha filha. Marcaram a entrevista com os professores. Tive até medo de negarem a matrícula de Mel, pois eu já tinha escutado algo do tipo: “Quando Melzinha sentar sozinha ela vai estudar aqui.” Como Mel tinha paralisia cerebral que comprometia a fala e os movimentos, tive medo por um instante de ter a vaga dela negada. Coisa de louco né? Porque nunca fui tão bem acolhida numa instituição antes.  No dia marcado estava lá para fazer a matrícula de Melzinha. Depois agendaram a entrevista. Mais uma vez cheguei lá na hora marcada pontualmente, porque eu sou “britânica” com o horário. Lembro de ser recebida pela pró Kátia e em seguida pela pró Karine, que viria a professora que mais a

8 meses sem minha princesa

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Cadu fala que parece que tem anos que Mel morreu. Eu não acho não, sinto a falta dela todos os dias e a presença muito forte ainda. Esse último mês chorei menos, sigo tentando superar minha perda diariamente. Alguns dias são mais difíceis, outros nem tanto. A presença de Larinha preenche meus dias juntamente com minha gravidez e tudo que a cerca. Fui para Salvador no último mês fazer pré-natal e exames. Aproveitei para ir ao cinema assistir Divaldo e encontrar minhas amigas queridas do Bahia Down, pena que só passei 24h e não consegui ver quase nenhuma delas.  Lavei e passei as roupinhas e os paninhos, depois arrumei a mala da maternidade e também o guarda-roupas de Felipe. Tudo meio que organizado, falta pouca coisa. Estive no caruru beneficente da Apae com minha sogra, sempre muito bom voltar aquele ambiente e rever aquelas pessoas amorosas que tanto fazem pelas crianças especias. Também fiz um curso de gestante com o CHEGASTE de Jacobina, informação nunca é demais, mesmo sendo

Dia das crianças

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O dia das crianças, quando somos crianças, sempre é esperado com muita animação por conta dos presentes que nossos pais compram a fim de festejar esse dia. Eu me recordo unicamente de um dia das crianças especificamente, esse foi mais marcante que os outros. Meu pai e minha mãe compraram 5 bicicletas novas para nós, os 5 filhos (Wagner, Mirela, Mayara, Maira e Samara). A de Wagner era preta, daquelas que tinham 18 marchas, a minha era azul e tinha o nome Tropical, a das meninas era rosa, sendo que de Samara e Maira que eram pequenas ainda, tinha aquela cestinha na frente, bicicleta Brisa salvo engano. Meu pais esconderam esse presentão na casa de minha tia Zenilda e no dia das crianças pegaram aquelas 5 bicicletas e pedalamos muito na Praça Redonda e nas ruas próximas lá de casa, foi inesquecível. Tenho certeza que meus irmãos se recordam desse dia, mesmo sendo Samara e Maira muito pequenas ainda, pois era de rodinhas as bicicletinhas rosas delas.  Painho estava ensinando elas a andar

BAHIA DOWN – UM DIVISOR DE ÁGUAS EM NOSSAS VIDAS

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Em 2015, Melissa já tinha mais de 1 ano quando Edmara foi ao Hospital Santa Izabel visitar e conhecer Melzinha, ela já tinha morado na RESITA (Residência Estudantil de Itapetinga) com meu esposo Cristiano na época que eram universitários, nesta visita ela me falou do Bahiadown, um grupo do Telegram que ela fazia parte , de pais e mães de crianças com Síndrome de Down, de vários níveis sociais, onde todos se ajudavam. Perguntou se eu queria fazer parte desse grupo e eu de imediato aceitei. Esse dia foi um divisor de águas em minha vida. Naquele momento, ao entrar para o grupo, vi que existiam inúmeras pessoas na mesma situação que eu, que eu não estava sozinha. A Síndrome de Down não escolhe nível social, cor da pele e nem conta bancária de ninguém. Me deparei no grupo com juíza, médica, nutricionista, funcionária pública, professoras, enfermeira, empresários, contadores, desempregadas, diaristas, mulheres sustentadas pelo esposo que viviam para cuidar dos filhos, gente como a gente, d