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Mostrando postagens de setembro, 2019

Não subestime seu filho...

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Certa vez postei um vídeo de Mel nadando na nossa piscina após um longo internamento médico. Esse vídeo rendeu muitos comentários, mas um especificamente chamou minha atenção. Uma amiga falou mais ou menos assim: “Mi, eu acho massa a forma que você trata Mel e o que faz com ela, pois se meu filho saísse de um internamento longo eu não teria coragem de colocá-lo na piscina por um bom tempo.” Não só ela, mas muita gente não colocaria. Não colocaria por medo, por excesso de zelo, por tantas outras razões que eu aceito e respeito. Mas eu não tinha todo o tempo do mundo, eu tinha pressa em viver tudo de uma vez com Mel, era como se Deus me instruísse, como se Ele me impulsionasse a agir, a viajar com ela após cada alta difícil e prolongada, como se mandasse aproveitar a piscina e tudo que conseguisse o mais breve possível. Eu nunca fui irresponsável com minha filha, eu sabia exatamente o que fazia, sabia que naquele momento ela estava apta a nadar numa piscina, ou a pegar um avião

Primeira vez em SP sem Mel

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Nos últimos 10 dias de agosto eu aproveitei que meu esposo estava indo para o Congresso Brasileiro de Endocrinologia em Florianópolis e fui com Cadu para São Paulo. Já tinha quase 1 ano que tivera lá com Melzinha, estava com saudade da minha amada família paulista e de São Paulo como um todo, eu amo aquele lugar. Aproveitei para fazer uma viagem só eu e Cadu,fazia tempos que não tínhamos um momento só nosso, que considero super importante. Já na ida para Salvador, fui imaginando como seria chegar em Sampa pela primeira vez em muitos anos sem ter Melzinha, comecei a chorar no carro mesmo, mas sempre escondendo minhas lágrimas de Cadu e Cristiano, não gosto que eles me vejam chorar. Chegamos cedinho em Sampa e minha prima Jane foi nos buscar com o esposo Jacó. Seguimos para Mairiporã, eu queria comprar uns pijaminhas para Felipe, na mesma fábrica que comprava os de Melzinha. Depois tomamos café com as filhas e netos deles, foi maravilhoso. Nem achei frio, embora a temperatura marca

7 meses sem você minha princesa...

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O tempo está voando, já se vão 7 meses daquele fatídico sábado, 16 de fevereiro. Eu fecho os olhos e consigo reviver cada minuto daquela madrugada, eu já sabia o que estava por vir, nunca tinha tido um pico de pressão alta como naquela madrugada. Eu sabia que Mel faria a passagem, que voltaria para “casa”, que me deixaria sozinha aqui, só não sabia que essa falta física iria doer na alma. Vocês não sabem, espero que nunca saibam também, dói muito mais do que se pode imaginar, tem vezes que dói para respirar. O tempo passa, as lágrimas diminuem, a vida continua, mas aquela falta física, aquela de beijar e abraçar sabe?? Essa falta castiga, faz as lágrimas escorrerem sem controle, sem que você consiga consolo, é um vazio nos braços, no abraço, na cama, na vida... só quem teve a tristeza de perder um filho amado, desejado e querido pode entender o que eu digo aqui. Esse último mês não parei um minuto. Fui passar uma semana em São Paulo, depois passei uma semana em Salvador fazendo

Histórias do Incor, dos amigos que fiz por lá e de São Paulo

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Tenho um carinho especial pelo Incor, minha primeira escola. Com o passar dos meses e anos voltei muitas vezes com Mel para internar, tratar pneumonias, operar, fazer consultas, revisões e exames. Sempre era uma festa porque já conhecia todo mundo, me sentia voltando para casa. Revendo todas aquelas pessoas que tantas vezes me apoiaram, enxugaram minhas lágrimas, trocaram experiências, participamos de “comelanças”, pois elas me convidavam para os aniversários dos funcionários, para os chás de fraldas e eventos que surgiam. Era como se eu fosse membro da equipe, uma funcionária Incor ou apenas amiga como eu me sentia. Como em todo hospital, eu tinha minhas preferências, aquelas pessoas que me tratavam com mais carinho, cuidado e consideração, porque ficávamos muito fragilizadas com internamentos longos e longe de casa, no meu caso longe da Bahia. Era primordial que encontrássemos paz e paciência nessas pessoas da área de saúde.  Eu desenvolvi um sexto sentido tão apurado, que reco