Ser mãe...

Ser mãe ...

Ser mãe não vem com manual. Você não aprende como ser mãe, antes de vivenciar uma maternidade real. Aquela maternidade real que você passa ferro e lava as roupinhas do seu filho, que tem um trabalho louco durante o dia e à noite fica acordada amamentando e trocando fraldas nos primeiros dias, que você chora ao ver seu filho com febre ou chorando por conta da vacina que doeu mais em você que nele, porque você fica impotente diante da dor dele naquele momento. Existem vários tipos de mães, umas mães práticas, outras mais amorosas, outras mais impaciente e algumas viscerais como eu, intensas e impulsivas, que não medem esforços ou sacrifícios para defender seu filho e vê-lo bem. As vezes é ruim, pois deixamos que ele deixe de aprender a se defender, mas o bom é que ele reconhece quem é sua âncora, seu porto seguro e firme. A verdade é que muitas vezes erramos tentando acertar. E algumas mães, tipo eu, não conseguem ver seu filho ser discriminado, ser colocado de lado, não tem estrutura emocional para ver seu filho sofrer. Eu já passei por algumas situações com Mel e com Cadu, em todas elas eu reagi. As vezes pareço uma louca, mas me sinto assim mesmo, uma leoa feroz defendendo suas crias. Cadu é mais frágil, um menino doce, amoroso, do coração bom, que apanha mais que bate, até coloquei no karatê para que ele aprenda a se defender melhor, mas é da índole dele ser de paz, puxou ao pai, não gosta de brigas e de confusão. O bom é que ele me conta tudo, o ruim é que ele sabe que sempre resolvo os problemas dele. Ele precisa aprender a se defender só. Mas eu também era assim fraca e bobona, aprendi com os anos que eu tinha que me bastar, que painho não ia estar ao meu lado sempre me defendendo, me embrulhando de noite, pegando água na madrugada quando eu sentisse sede, fazendo massagem no meu pé quando ele estava doendo depois de ter dançado forró a noite toda, que não teria painho para me dar remédio de dor de dente altas horas da madrugada... então eu fui me fortalecendo e quando me tornei mãe quis imitar meu paizão, tento ser metade do que ele foi pra mim para meus filhos. O mesmo amor que tenho por Cadu, tenho por Mel e terei por Felipe. Defendo eles de qualquer um, até onde seja permitido. Sou daquelas que briga, reclama, bate, coloco o dedo na cara e assumo meus atos, tenho meus argumentos, nunca briguei fisicamente com ninguém, sempre no diálogo. Eu era uma mãe quando tive Cadu e depois tive que aprender a ser mãe de Mel. Ser mãe de Mel exigiu muito de mim, mas fiquei feliz com a mãe que me tornei, uma mulher mais forte, mais segura, mais decidida, disposta a tudo pelo bem estar dela. Refletiu em Cadu, que hoje tem uma mãe mais madura, com mais fé e muito forte, pois me considero uma fortaleza, porque suportar a dor que eu suporto não é pra qualquer uma. Ter a fé que eu tenho não são todas que tem. Sabe porque eu escrevi tudo isso? Porque eu tive uma decepção com umas colegas de sala de Cadu no encerramento da escola sexta dia 6/12. Não falei nada para as meninas que magoaram ele e que magoaram muito mais a mim, mas falei a todos os pais daquela turma, quem sabe eles (um ou outro que falo) aprendem a educar melhor seus filhos, porque eu e Cristiano estamos muito felizes com o filho que criamos, com o Príncipe que temos em casa. Sim, Cadu é um menino de ouro, não só inteligentíssimo, não só um leitor que causa inveja por ter lido mais de 100 livros em 1 ano e 3 meses, livros de mitologia grega, nórdica, greco-romana, egípcia e outros títulos... além de que ele toca três instrumentos, faz karatê, inglês, sabe nadar, é companheiro e sabe guardar segredo como poucos. Não bastasse tudo isso, ele é beijoqueiro, cuidadoso, carinhoso, preocupado com o bem estar do próximo e desprovido de preconceito. Tanto faz a criança ter síndrome de down, ser autista, ou ser pequena com 2 anos, ou ser negra, ser de outra classe social diferente da dele, ele brinca igualmente com todas elas, ele cuida de todas elas, ele é um menino de ouro e muitas amigas minhas já perceberam isso. Cadu é tão especial quanto Mel. Eu amo e faço qualquer coisa por ele. Penso que mãe é assim, intensa, presente na vida do filho, que passa ensinamentos e princípios, mas que também reclama e dá umas palmadas para ele aprender o certo na vida. Levar palmadas não mata ninguém, estamos todos vivos, nossa geração da década de 80 levava umas boas palmadas pra aprender o correto. Sou tradicional e arcaica para muitas coisas. Mas sou a favor da família sempre, prezo a união familiar acima de tudo. Esse texto foi mais um desabafo, pra falar que eu gosto de ser essa mãe, que sei das minhas limitações, mas também conheço meu coração. Sei a bondade que mora nele, sei o que me magoa e o que faço para ferir também. Peço que Deus nos oriente, nos capacite, que proteja nossos filhos e os livre de todo o mal sempre. Que Deus faça por eles quando não pudermos fazer. Que sejam saudáveis e felizes. Luz e Paz a todos! Beijo no coração


Comentários

  1. Isso, minha linda!! És a melhor mãe que teus filhos poderiam ter! Que cresçam em sabedoria e alegria! Sejam sempre muito felizes!!

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  2. Muito bem.
    Gostei do texto.Toda mãe deveria ser assim pelos seus filhos.

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  3. Lindo texto gostei vc é uma super mãezona tive o prazer de vivência vc é mãe protetora, amorosa, carinhosa

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