Mãe de Mel

Quando eu tive Cadu em 2009 não existia Chá Revelação. Quando eu tive Mel em 2013 também não. Sempre achei o máximo a mãe descobrir com os convidados estourando um balão.   Mas sou mega curiosa, achava que não suportaria esperar tanto. Tinha vontade de engravidar de novo para fazer esse bendito “Chá”. Samarinha, minha irmã caçula, engravidou e fiquei doida, pedi que fizesse o tal “chá”, mas Edu achava desnecessário. Então tive que engravidar para realizar esse desejo. Assim que engravidei, falei a Cristiano desse sonho e nem dei opção dele discordar de mim.   Combinei tudo com minha amiga Maria Carolina, minha assessora top do Blog, ela saberia o sexo e viria de Mutuípe para fazer. Mas teria que esperar até 30 de junho, não dava para esperar tanto, pois o resultado com o sexo do bebê saiu 5 de junho, eu não sabia e estava mega curiosa. Dia 30 não dava mais pra esperar, tinha que ser antes do São João. Então precisava de outra amiga para me ajudar nessa surpresa. Tempos depois

Que eu sou muito abençoada por Deus, eu já sabia.  Que Deus me ama muitoooo, eu já sabia também. Que ELE atende minhas orações mais íntimas, já me provou muitas e muitas vezes. Embora não pareça, porque não vivo dentro de uma igreja, eu tenho uma ligação muito forte com Deus. Ele me dá avisos em sonhos, atende meus pedidos mais verdadeiros, principalmente quando peço chorando e orando, Ele sabe o que preciso e o que mereço.  Por isso sou de agradecer todos os dias, tenho muito mais que agradecer do que pedir.  Em abril fui para Salvador sozinha dirigindo, fui e voltei. Só eu, Deus e minhas músicas (gospel e Roberto Carlos). Foi a primeira vez que peguei a pista sozinha para Salvador. Olhava o retrovisor na esperança de ver mel na cadeirinha, fui e voltei chorando, sentindo aquele vazio me consumindo. Então orei a DEUS, pedi a ELE que me desse um novo motivo para ser feliz, pois eu não me sentia mais alegre, sorria por sorrir, para não transparecer minha dor, as pessoas não gosta

4 meses sem você... Dias diferentes, dias menos ou mais sofridos, todos com algumas ou muitas lágrimas. Hoje em especial com uma dor de cabeça latejante, que não passa nem com medicação. Precisava de fisioterapia ou RPG, mas nenhuma fisio está disponível. Arylma em Salvador, Laís com paciente em domicílio e Caline com agenda cheia na clínica. Me ferrei, precisava de uma pompagem,  sei que essa dor de cabeça é muito mais emocional que física. Ela dói exatamente num ponto específico. Ouvi um louvor para tentar melhorar meu astral, peguei o celular e li uma msg de Fê, são 6 meses que Marina se foi, com 5 aninhos, sei exatamente o que ela sente, suas palavras me representam fielmente, mas eu me acho mais forte que ela, ela sabe disso, somos muito amigas. Essa semana morreu uma menininha de dengue hemorrágica aqui em Jacobina, seu nome Melissa, fico imaginado como essa mãe está sofrendo, nem coragem de ir ao velório eu tive, conheço a tia, uma pessoa muito especial na Apae de Jacobina.

                    NOSSA SINTONIA Não sei fazer poema, mas resolvi arriscar. Tudo na vida tem um preço, eu resolvi pagar. Preço alto muitas vezes, mas juntos chegamos lá. Tínhamos uma sintonia invejável, nos conhecíamos pelo olhar. E que olhar !!! O olhar mais profundo que meus olhos já puderam encarar. Você dizia tanto, sem nada falar. Quanta saudade eu sinto ao acordar, dói às vezes até para respirar. Tê-la em meus braços, uma saudade que não consigo sanar. Que dor é essa? Parece que nunca vai acabar. Como não chorar? Como não se lamentar? Mães não mereciam por essa provação passar, que missão difícil, que deserto imenso para atravessar. Mas existe o lado bom, nosso Deus a nos guiar, arrumando alguma forma, de sempre nos conectar. Voa alto Melzinha, mamãe estará aqui a desejar, que o tempo passe bem rápido e que logo possamos nos encontrar, na terra, no céu ou mar, pode ser em qualquer lugar. Você sempre estará viva no meu pensar e enquanto o sol raiar. Te amo eternament

Pensaram num cabelo lindo? Multiplicaram por 10? Esse era o cabelo de Mel. Lindo e liso, com ótimo crescimento, o meu xodó. Como eu adorava aquele cabelo, cuidava como se fosse uma jóia preciosa, todos achavam lindo o cabelo dela, sempre enfeitado com um belo laço. Eu lavava todos os dias, depois comecei a lavar dias alternados, usava shampoo, condicionador e finalizador ou perfume de cabelo. Ela estava sempre cheirosa,   linda e impecável. O pessoal do hospital sabia do apego que eu tinha ao cabelo de Mel, levava secador para o hospital, porque na UTI não tinha como secar e poderia estragar o cabelo dela molhado no travesseiro. Ela ficava agoniada quando não lavava o cabelo, muitas vezes ela estava entubada e muito grave, sendo impossível a manipulação com lavagem de cabelo, eu ficava arrasada, esperando o dia que ela iria melhorar para dar essa alegria para nós duas. E quando ela estabilizava um pouco, as meninas nem pensavam duas vezes, pegavam bacia e dávamos banho com muit