Eu sempre fui uma pessoa de fé, cresci na Igreja católica, fui batizada ainda criança, fiz primeira comunhão, sempre rezei em casa, meus pais faziam parte do Encontro de Casais com Cristo, minhas avós e familiares creem muito em Deus e passaram esses valores para os mais novos. Toda procissão de Nossa Senhora da Conceição ou da Páscoa (Domingo de Ramos), mainha nos levava.

Na fase da adolescência, cheguei a frequentar a Igreja Presbiteriana, que por sinal gosto muito e às vezes ainda visito. Minha preferida entre as evangélicas. Não me converti na época porque meus pais não aceitavam, afinal éramos católicos e porque não poderia mais dançar forró. Eu não imaginava minha vida sem dançar um forrozinho de Flávio José. Minhas amigas falavam que com o tempo eu nem sentiria vontade de estar nas festas de São João dançando, mas não quis arriscar. Amava demais meu forró para abrir mão dele. Uma vez que na Igreja católica eu seguia rezando, tendo fé e dançando no São João. Assim pensava uma jovem de 12 anos.

Quase nesse mesmo período, minha amiga Indiara Kelly me apresentou o Espiritismo, o tio dela era presidente do centro espírita de Miguel Calmon. Achava o máximo, mas tinha um pouco de medo. Lembro que as meninas faziam umas brincadeiras com canetas, diziam que os espíritos mandavam recados. Eu ficava super curiosa, mas nunca participei dessas brincadeiras. O tio de Indy ordenou que parassem com essas brincadeiras. Nós ficamos com muito medo na época e obedecemos.

Quando comecei a namorar Cristiano em 1999, às vezes íamos à igreja católica, ele também cresceu na igreja, chegou a se crismar e foi coroinha inclusive, mais religioso que eu. Quando engravidei de Cadu em 2008 ia muito à Presbiteriana da Rua da Mangueira em Salvador, lá tinha o Reverendo Itamar que em todos os cultos me fazia chorar, parecia que a pregação era para mim. Aquele pastor é muito abençoado, gosto muito dele.

Quando Melissa nasceu em 2013, internei-a no Incor em SP para operar, fui apresentada ao Espiritismo com mais detalhes. O pessoal lá é muito espiritualizado. Mas também me aproximei muito de minha prima Jane e da amiga Claudinha, ambas evangélicas e de uma fé linda. Elas me ajudaram muito no fortalecimento de minha fé, a confiar em DEUS, a ter paciência para esperar o tempo de DEUS. Eu sempre fui muito ansiosa e impaciente. Minha prima Jane baixou louvores lindos no meu celular. Vivia ouvindo Deus de Promessas e Honra e Glória de Aline Barros.

No ano seguinte, em dezembro de 2014 até maio de 2015, a mãe e a avó de Marina (Fernanda e Cilene), ambas espíritas, começaram a me doutrinar no espiritismo, cheguei a ir numa sessão em SP com Fernanda. Ela também me deu vários livros para ler. Fiquei no Incor 5 meses, então tive tempo para ler e aprender muito.

Uma técnica do INCOR, Ana Carla, me ensinou sobre Heiki, utilizava essa prática em Mel, eu adorava. Ela também era meio bruxinha, adivinhava o que Mel estava sentindo sempre, nos tornamos muito amigas, gosto demais dela.

Nesses últimos 6 anos aprendi muito de todas as religiões, mesmo porque minha família paulista é muito católica. Cheguei à conclusão que DEUS está presente em todas as religiões, que todas pregam amor, perdão e solidariedade. Que devemos ser bons para irmos ao céu quando morrermos. E o mais importante, que oração tem poder, joelho no chão e jejum surtem efeito e não é preciso estar dentro de uma igreja para ter fé em DEUS e sentir SEU amor e cuidado para conosco.

Atualmente frequento o centro espírita sempre que posso, acredito demais na doutrina. Mas também vou à missa com minhas amigas e Cadu, ele faz a Primeira Comunhão esse ano, precisa ter vivências na Igreja Católica. Um homem não pode viver sem religião e sem Deus.

Desde o nascimento de Cadu rezo com ele o Pai Nosso, a Ave Maria, o Santo Anjo do Senhor e fazemos uma prece. Quando Mel nasceu, seguimos no mesmo ritmo. Ela e Cadu sempre dormiam após as orações. Nos longos períodos que passava no hospital com Melzinha, rezava com Cadu por chamada de vídeo ou ligação normal no celular.

Acredito que crianças aprendem com exemplos. Meus filhos viram a mãe rezar todos os dias e exijo oração diária de Cadu. Minha sogra e as tias de São Paulo uma vez choraram quando Cadu fez a prece, perguntaram onde ele tinha aprendido a rezar tão lindo.

Então quero dizer que DEUS existe, já tive provas através de milagres que ELE operou na vida de Mel. Rezo todos os dias. Nesses dias mais difíceis sei que DEUS tem me carregado no colo, que tem tentado aliviar minha dor e tenho certeza que aceita meu luto e minhas lágrimas, ELE sabe que preciso chorar para aliviar meu sofrimento.

Seguirei resiliente e confiando em DEUS.

Experimentem orar a DEUS e confiar em seus desígnios.


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