Mensagem de Taline
CRÔNICA PARA MEL
Estes dias tenho me sentido desafiada. O “blog para Mel” me emociona cotidianamente e a vontade de escrever sobre o que sinto/sentia e sobre o que vivi nos momentos que estive com Melzinha (era assim que costumava chamá-la) tomou conta de minh’alma escrevente.
Conversei sobre isso com minha analista e ela me perguntou por que não o fazia logo. Entre lágrimas, eu disse que a partida de Mel ainda não tinha sido assimilada por mim. E que o que mais me angustiava nisso tudo era saber que desde a primeira cirurgia que acompanhamos em oração e com o pedido para que mainha rezasse e acendesse uma vela (Mãe, você tem mais intimidade com Deus! Pede a Ele por Mel!!!), nós sabíamos que essa hora iria chegar.
Mel era sim um espírito de luz encarnado que tinha uma tarefa rápida, apesar de muito pesarosa pra um ser humano tão pequeno: ela nos ensinou a cada sorriso, a cada renascer pós-cirúrgico que a vida era possível mesmo quando não havia plenitude!!! Ahhh, Melzinha, se nós pudéssemos compreender com aquela sua serenidade e alegria quão simples é viver, como tudo mais fácil seria!!!!
E, enquanto eu conversava entre lágrimas sobre isso com minha analista, ela me chamou a atenção para um fato importante: você percebe que Mel não é o centro de tudo isso? Estranhei!!! Como assim?! Mirela, a mãe de Mel, é sim a pessoa que permitiu que ela se concretizasse nessa força que era transmitida a todos vocês amigos e conhecidos!!!
Era verdade!!! Lembrei-me de quando fui visitá-las no INCOR, em São Paulo. Choro com uma facilidade extrema e adentrei a UTI pediátrica assim: chorando. Muitas crianças estavam internadas naquele lugar e a impressão que eu tinha era que, em muitas delas, havia mais fios e tubos que gente pequenina.
Encontrei Mirela sorrindo à minha espera. Mel estava linda, com um laço rosa na cabeça e sapatos combinando, além do costumeiro sorriso: era tudo o que dava pra ela usar naquela ocasião. Depois de algum tempo conversando, perguntei a Mirela se ela não chorava, ela me respondeu que sim e muito, mas naquele dia eu tinha vindo da Bahia e fui visitá-las, era, portanto, dia de alegria!!!
Quanta nobreza há em Mirela!!! Quanta grandiosidade perpetrou aquele momento. Como poderia alguém depois de mais de 30 dias de hospital conseguir ser feliz, nos transmitir paz e tanta segurança?
Hoje eu sei que Mel é, porque Mirela permitiu que ela fosse. E ela é muita coisa. Ela é principalmente o reflexo de uma mulher que se transformou numa guerreira incansável, que nunca deixou de também ser mãe de Cadu e que hoje ainda faz tudo para que o mundo não se esqueça deste anjo de luz que nos iluminou e transformou a todos, certamente, com um sorriso no rosto, porque agora, neste momento, tem alguém se lembrando ou escrevendo sobre ela, Melzinha...
Enfim, nossa pequena Mel, enquanto esteve entre nós, representou a força condensada da maternidade que não permite nada menos que a vida! E aquele sorriso, ahhh, aquele sorriso, jocoso, inesquecível é o que nos restará eternamente quando duvidarmos da força do amor de uma mãe.
Talvez um dia eu consiga ligar pra Mirela e falar sobre tudo isso que sinto: da gratidão, do aprendizado, da coragem, do amor. Agora, me resta a licença (ou a covardia) das palavras escritas e das lágrimas que teimam em surgir. Me sobra também a certeza de que Melzinha foi amada por cada um de minha família como uma sobrinha querida. E, ao me ver falar de Mel e chorar, meu pai não se cansa de me explicar que, às vezes, Deus precisa de flores novas e bonitas em seu jardim, por isso recolhe alguns anjos entre nós.
Por fim, é um imenso prazer fazer parte disso tudo, posto que ainda haja dor, existe aprendizado, e persiste, sobretudo, a força e o amor!!!
Um beijo saudoso da sua Tia Taline
Itapetinga- BA
Estes dias tenho me sentido desafiada. O “blog para Mel” me emociona cotidianamente e a vontade de escrever sobre o que sinto/sentia e sobre o que vivi nos momentos que estive com Melzinha (era assim que costumava chamá-la) tomou conta de minh’alma escrevente.
Conversei sobre isso com minha analista e ela me perguntou por que não o fazia logo. Entre lágrimas, eu disse que a partida de Mel ainda não tinha sido assimilada por mim. E que o que mais me angustiava nisso tudo era saber que desde a primeira cirurgia que acompanhamos em oração e com o pedido para que mainha rezasse e acendesse uma vela (Mãe, você tem mais intimidade com Deus! Pede a Ele por Mel!!!), nós sabíamos que essa hora iria chegar.
Mel era sim um espírito de luz encarnado que tinha uma tarefa rápida, apesar de muito pesarosa pra um ser humano tão pequeno: ela nos ensinou a cada sorriso, a cada renascer pós-cirúrgico que a vida era possível mesmo quando não havia plenitude!!! Ahhh, Melzinha, se nós pudéssemos compreender com aquela sua serenidade e alegria quão simples é viver, como tudo mais fácil seria!!!!
E, enquanto eu conversava entre lágrimas sobre isso com minha analista, ela me chamou a atenção para um fato importante: você percebe que Mel não é o centro de tudo isso? Estranhei!!! Como assim?! Mirela, a mãe de Mel, é sim a pessoa que permitiu que ela se concretizasse nessa força que era transmitida a todos vocês amigos e conhecidos!!!
Era verdade!!! Lembrei-me de quando fui visitá-las no INCOR, em São Paulo. Choro com uma facilidade extrema e adentrei a UTI pediátrica assim: chorando. Muitas crianças estavam internadas naquele lugar e a impressão que eu tinha era que, em muitas delas, havia mais fios e tubos que gente pequenina.
Encontrei Mirela sorrindo à minha espera. Mel estava linda, com um laço rosa na cabeça e sapatos combinando, além do costumeiro sorriso: era tudo o que dava pra ela usar naquela ocasião. Depois de algum tempo conversando, perguntei a Mirela se ela não chorava, ela me respondeu que sim e muito, mas naquele dia eu tinha vindo da Bahia e fui visitá-las, era, portanto, dia de alegria!!!
Quanta nobreza há em Mirela!!! Quanta grandiosidade perpetrou aquele momento. Como poderia alguém depois de mais de 30 dias de hospital conseguir ser feliz, nos transmitir paz e tanta segurança?
Hoje eu sei que Mel é, porque Mirela permitiu que ela fosse. E ela é muita coisa. Ela é principalmente o reflexo de uma mulher que se transformou numa guerreira incansável, que nunca deixou de também ser mãe de Cadu e que hoje ainda faz tudo para que o mundo não se esqueça deste anjo de luz que nos iluminou e transformou a todos, certamente, com um sorriso no rosto, porque agora, neste momento, tem alguém se lembrando ou escrevendo sobre ela, Melzinha...
Enfim, nossa pequena Mel, enquanto esteve entre nós, representou a força condensada da maternidade que não permite nada menos que a vida! E aquele sorriso, ahhh, aquele sorriso, jocoso, inesquecível é o que nos restará eternamente quando duvidarmos da força do amor de uma mãe.
Talvez um dia eu consiga ligar pra Mirela e falar sobre tudo isso que sinto: da gratidão, do aprendizado, da coragem, do amor. Agora, me resta a licença (ou a covardia) das palavras escritas e das lágrimas que teimam em surgir. Me sobra também a certeza de que Melzinha foi amada por cada um de minha família como uma sobrinha querida. E, ao me ver falar de Mel e chorar, meu pai não se cansa de me explicar que, às vezes, Deus precisa de flores novas e bonitas em seu jardim, por isso recolhe alguns anjos entre nós.
Por fim, é um imenso prazer fazer parte disso tudo, posto que ainda haja dor, existe aprendizado, e persiste, sobretudo, a força e o amor!!!
Um beijo saudoso da sua Tia Taline
Itapetinga- BA
Eu me emociono sempre com essa linda estória de amor, um exemplo para as famílias!!
ResponderExcluirObrigada querida. bj
ExcluirMel é luz!
ResponderExcluirUm beijo minha prima.
ExcluirMelzinha Ahhh Melzinha como queria ter te conhecido ... Mais conheci tua mãe ❤❤ que me transmitiu todo o seu amor
ResponderExcluir:( que chora sua perda todos os dias... uma dor absurda...
ExcluirEu choro toda vez que leia esses depoimentos lindos.
ResponderExcluirMás ela está em um bom lugar.
Saudades Melzinha!
Eu também choro sempre...
ExcluirLindo demais! Esse Amor que você transmite ,Taline!! Parabéns
ResponderExcluir:) beijo
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