DOIS FILHOS – Um em casa e outro na UTI
Um dos momentos mais complicados para uma mãe é deixar um filho em casa e ficar no hospital cuidando do outro. É necessário, é essencial, mas é sofrido também. Quando esse cuidado do filho doente dura apenas horas ou poucos dias, menos mal. Quando a família reside na mesma cidade do hospital que está sendo utilizado, alivia o sofrimento. Mas quando estão, há quilômetros de distância essa realidade muda um pouco. Mel internou mais de 45x durante a vida, em todas eu voltava para o hospital chorando. Não chorava por voltar ao hospital, eu confesso que gostava da UTI, do ambiente, das pessoas, era até divertido para mim. Eu chorava por Cadu. Por ter que deixá-lo ainda pequeno, muitas vezes carente de beijo, abraço e atenção. Quando Mel nasceu ele tinha apenas 4 aninhos, era uma criança, que foi forçada a amadurecer, que jamais abriu sua boquinha e pediu que eu ficasse com ele e deixasse a irmã com outra pessoa no hospital. Que mesmo sentindo saudade, sofrendo a ausência da mãe, agüentou...